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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

TEATRO O COELHINHO QUE NÃO QUERIA ESTUDAR

Charges

Com sobrancelhas grossas e ar sisudo, Monteiro Lobato foi apanhado pelo traço irreverente dos caricaturistas de seu tempo. As primeiras charges do pai da boneca Emília datam da década de 1910 e são de autoria de Voltolino, pseudônimo de João Paulo Lemmo Lemmi (1884-1926). Desde então, diversos artistas gráficos como Guevara, Théo e Belmonte, entre tantos outros, procuraram realçar, cada qual a seu modo, a personalidade e os aspectos físicos do criador do Sítio do Pica-pau Amarelo. Aqui está uma pequena amostra dessa produção. Divirta-se!

CORA CAROLINA
Ana Lins de Guimarães Peixoto Bretas, nasceu no estado de Goiás (Goiás Velho) em 1889. Filha de Jacinta Luíza do Couto Brandão Peixoto e do Desembargador Francisco de Paula Lins dos Guimarães. Em 25 de novembro de 1911 deixa Goiás indo morar no interior de São Paulo. Volta para Goiás em 1954, depois de 45 anos.
Cora Coralina era chamada Aninha da Ponte da Lapa. Tendo apenas instrução primária e sendo doceira de profissão.
Publicou seu primeiro livro aos 75 anos de idade. Ficou famosa principalmente quando suas obras chegaram até as mãos de Carlos Drummond de Andrade, quando ela tinha quase 90 anos de idade.
Sua obra se caracteriza pela espontaneidade e pelo retrato que traça do povo do seu Estado, seus costumes e seus sentimentos.
Faleceu em 10 abril de 1985 em Goiânia.
FRASE DE CORA CAROLINA
“Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida removendo pedras e plantando flores”.



TEATRO
O COELHINHO QUE NÃO QUERIA ESTUDAR.

NARRADOR:  Na floresta, todos os filhotes de animais iam à Escola. Só um ficava em casa. O Coelhinho Juquinha.


     Entra o Coelhinho Juquinha:  Aprender a ler??  Pra quê?? Eu não preciso disso, posso muito bem encontrar cenouras  sem saber ler. Eu vou é me divertir.


NARRADOR:  Todos os animaizinhos tinham ido à Escola.  Mas Juquinha resolveu se distrair e pensou:


COELHINHO: Vou  até a casa do tio Coelho ouvir histórias.

NARRADOR: Juquinha, então chegou à casa do Tio Coelho, bateu... Chamou... Chamou...  Chamou... Ninguém respondeu.
Tio Coelho tinha deixado um aviso na porta, mas Juquinha não sabia ler e pensou:

COELHINHO:  HÁ, COM CERTEZA Tio Coelho foi fazer alguma visita. Vou-me embora.

NARRADOR:  Aborrecido por não ter encontrado o tio em casa e cansado de tanto andar, Juquinha com surpresa avista o Tio.

COELHINHO: Estou vindo da sua casa, Tio Coelho. Que pena o senhor ter ido fazer visitas justamente hoje.

TIO COELHO: Fazer visitas?  Você não leu o aviso que coloquei na porta?

NARRADOR: O coelho Juquinha ficou muito desapontado  e nada respondeu. Tio Coelho, então se lembrou de que seu sobrinho não sabia ler e que não gostava de estudar e foi logo   explicando:

TIO COELHO:  MEU SOBRINHO TÃO AMADO!  O aviso na porta dizia assim: Volto já, sente-se e espere um pouco.

COELHO JUQUINHA:  AH!  Então é isso que os  avisos  dizem. Pois já sei, agora aprendi.

NARRADOR:  No dia seguinte, Juquinha foi à cada do Senhor MACACO conversar um pouco. Senhor MACACO  não estava. Mas, bem pertinho da porta de sua casa havia uma cadeira com um aviso.

COELHO JUQUINHA: Agora já sei ler avisos: “Senhor MACACO volta já.” Vou sentar e esperar um pouco.  Que horror! Sujei-me todo de tinta, porque não me avisaram?

SENHOR MACACO: Que é isto Juquinha? Você não viu o aviso sobre a cadeira?  AH! Entendi... Você não sabe ler não é? 
Este papel na cadeira diz:  TINTA FRESCA.

COELHO JUQUINHA: Como eu me enganei, mas agora eu não me engano mais. Já sei tudo sobre avisos.

NARRADOR: Juquinha foi embora. Quando ele chegou a casa, viu a carta do correio aberta. Dentro dela havia um papel.

COELHO JUQUINHA: Já sei, não devo chegar perto da caixa, ela foi pintado de novo, aquele papel diz:  TINTA FRESCA.  Vou passar bem longe.

NARRADOR:  No dia seguinte, Juquinha notou um movimento diferente. Parecia que estava acontecendo alguma coisa fora do comum. Havia muitos animaizinhos passando na rua. Eles não tinham ido à Escola, carregavam doces, balas, bombons e salgadinhos. 
          Juquinha resolveu,  ir ver onde eles iam e começou a acompanhá-los às escondidas.  Os animais estavam preparando uma surpresa no meio da floresta. Debaixo de uma árvore, colocavam doces, salgados e bebidas. Tinha bolo também.

COELHO JUQUINHA: UM PIQUENIQUE! E não me convidaram! ( começa a chorar bem sentido).

NARRADOR: Uma coelhinha que era muito amiga  de Juquinha, ficou curiosa quando o viu chorando perto da árvore e lhe perguntou:

COELHINHA: Por que você está chorando Juquinha?

COELHO JUQUINHA: (soluçando)... É que eu não fui convidado para o piquenique. Ninguém se lembrou de mim!
COELHINHA: Lembraram sim, Juquinha. Eu vi o carteiro colocando o convite na caixa do correio de sua casa.

COELHO JUQUINHA: (Enxugando as lágrimas) – Então aquilo era um convite? Pensei que fosse um aviso sobre tinta fresca.

COELHINHA:  Ora Juquinha, que vergonha! Você precisa aprender  a ler.

COELHO JUQUINHA: Então eu fui convidado para o piquenique! Que Bom! Pensei que eles tinham se esquecido de mim, eu preciso aprender a  ler e a escrever. Amanhã mesmo eu vou começar. Serei o  primeiro a chegar na escola.

NARRADOR:  E assim, o Coelhinho Juquinha cumpriu a promessa. Passaram se alguns meses e ele era um dos alunos da Escola da Bicharada que mais gostava de estudar. Era difícil o dia que não encontrava Juquinha com um livro na mão estudando...

COELHO JUQUINHA:  Agora sim criançada. Não mais serei enganado pelos avisos. Pois agora consigo ler cada um. E mais. Adoro estes livrinhos de histórias. 
        HÁ! Como é bom estudar!  E como é importante saber ler e escrever! Estou descobrindo o mundo.
           Parabéns professores! Parabéns Escola Higino Guerra!
     Estou sabendo que você há 48 anos tem ensinado muitas crianças a ler e escrever com muito sucesso!! Continue assim! Despertando essa criançada para a vida! 

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